Denuncia de funcionários e parentes de internos do Hospital Geral do Estado (HGE) levaram o Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil (PC) na desarticulação de um esquema que ocorria há mais de 30 anos na unidade.
Os delegados Ronilson Medeiros, chefe da Deic, e Manoel Acácio Júnior, coordenaram o caso e deram mais detalhes da máfia que envolvia 22 funerárias do estado, seus representantes e funcionários do HGE. O crime ocorria da seguinte forma: cada empresa participava de uma escala para se aproximar dos clientes, em sua maioria, parentes de pessoas que morriam no hospital. Eles informavam que era procedimento padrão, a unidade indicar a empresa para o sepultamento do paciente.
Outro crime ainda mais grave, era de um segundo grupo que usava roupa do HGE, tinham crachá e recebiam tickets refeição. Eles faziam o serviço de higienização dos corpos e cobravam entre R$ 60 e R$ 100. O mais grave é que esses falsos funcionários tinham livre passagem no setor de necropsia.
Entre os presos estão os representantes das funerárias: Marcelo Lúcio Santos Costa, 38 anos; Robson Tadeu Silva Costa, 63; Maria Cícera dos Santos Lima, 47; Moacir Correia Araújo Filho, 52; Hudson Soares de Menezes, 30; Liane Régis Lins, 36; José Luiz de Souza, 61; José Eduardo Maia, 44; Adeilton Antônio da Silva, 58; José Carlos Santos Costa, 46. Também foram detidos Rogério Pereira Teixeira de Miranda, 34, Rogério dos Santos Costa, 38, e Marcelo Felipe da Silva, de 33 anos.
A Polícia e o MPE ainda irão investigar o envolvimento de funcionários da própria unidade no esquema.
Redação