A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) divulgou nota técnica sobre o número de casos de dengue, zika e chikungunya em Alagoas. De janeiro a 21 de dezembro foram notificados 29.517 casos suspeitos de dengue, um aumento de 79,55% em relação a 2014.
Do total de registros notificados foram confirmados 16.227 casos. Entre os casos que obtiveram confirmação, 104 foram classificados como suspeitos de dengue com sinais de alarme e dengue grave. De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, a comparação com o ano anterior revela uma redução de 72,92% (384 casos).
“A redução pode estar atrelada à melhoria em termos de oportunidade e adequação na conduta e manejo clínico dos pacientes. No tocante aos óbitos relacionados à dengue tem-se 22 registros, sendo que 4 foram confirmados, 8 foram descartados e 10 estão sob investigação”, explicou a gerente.
Febre Chikungunya
O boletim confirma a presença da febre chikungunya em Alagoas desde outubro. Foram registrados 49 casos suspeitos da doença em 4 municípios sendo 1 paciente de Arapiraca; 2 pacientes de Maceió; 3 pacientes de Batalha e 43 pacientes na cidade de Major Izidoro. O documento ressalva que até o momento foram encaminhadas amostras para exames específicos da febre Chikungunya oriundas de 22 municípios do Estado.
Zika
Até o momento foram isolados o Zika Vírus em amostras de 32 pacientes (de idades e gêneros variados) de 12 municípios sendo três pacientes de Arapiraca; 1 de Cacimbinhas; 1 de Colônia Leopoldina; 2 de Delmiro Gouveia; 13 de Maceió; 1 de Maribondo; 3 de Mata Grande; 2 de Matriz de Camaragibe; 1 de Murici; 1 de Palmeira dos Índios; 1 de Santana do Ipanema; e três de São Miguel dos Campos.
A gerente ressaltou que foram instaladas 11 unidades-sentinela, na capital e no interior, para monitorar as coletas e o envio semanal para o Instituto Evandro Chagas, no Pará. Outra ação de destaque foi capacitação, pelo Ministério da Saúde, do Laboratório Central de Alagoas (Lacen) para a realização do diagnóstico da Zika.
As análises serão realizadas a partir de fevereiro de 2016. Ainda de acordo com Cleide Moreira, é fundamental o conhecimento para a prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. “É importante ressaltar que, além da dengue, o mosquito é responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika. Por isso é essencial que sejam destruídos os criadores do mosquito”, alertou.
A gerente ressaltou que uma das medidas importantes é evitar a água parada, utilizada pelos mosquitos para se reproduzir. “Evitar o acúmulo de garrafas vazias, pneus, vasos de plantas e baldes são providências simples que podem garantir a segurança e bem-estar de todos”, destacou.
“A gestão estadual de saúde conta com o trabalho constante de monitoramento dos supervisores de endemias nos municípios e precisa do apoio de todos para que o Estado enfrente este desafio. O combate ao mosquito da dengue é um ato de cidadania que deve ser adotado por todos”, enfatizou a gerente.
Por Agência Alagoas