As polícias Civil e Militar do Paraná deflagraram na manhã desta quinta-feira (17) uma megaoperação contra membros de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do Estado. Mais de 1.500 policiais estão mobilizados na ação batizada como “Alexandria”, que visa cumprir 757 mandados de prisão e quatro de busca e apreensão.
A ação acontece em Curitiba, municípios da região metropolitana, em Maringá e mais 72 cidades do interior do Estado, além de oito unidades prisionais paranaenses. A operação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen).
Conforme a Polícia Civil, os alvos da megaoperação são membros de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. Por decisão do Poder Judiciário, 237 telefones serão bloqueados, assim como 28 contas bancárias que, além do bloqueio, terão os valores sequestrados. A investigação começou em agosto de 2014 no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) depois que os policiais apreenderam diversos cadernos com anotações e detalhes da atuação da facção criminosa no Paraná.
Foram interceptadas, com autorização judicial, mais de 30 mil ligações. A polícia tem mais de 1.700 horas de conversas dos membros desta facção envolvendo 12 Estados: Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Alagoas, Ceará, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte. O conteúdo das conversas interceptadas mostra que diversos crimes foram cometidos em benefício da organização criminosa, como tráfico de drogas, roubos de carros e residências, tráfico de armas e homicídios.
O nome da operação foi inspirado na Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria, no Egito, que foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Existiu até a Idade Média, quando supostamente foi totalmente destruída por um incêndio cujas causas são controversas. Nela continha praticamente todo o saber da antiguidade.
O Diário – Maringá