Quando o assunto é segurança o senso comum nos remete à violência que assusta nosso estado, o país e o mundo, e às tentativas dos governantes, através das forças de segurança, no intuito de restaurar a paz e a ordem. É natural que a nossa atenção seja atraída pelo bombardeio diário das redes sociais e telejornais nos transmitindo guerras, atentados terroristas, tiroteios, operações policiais e toda sorte de situações que revelam o clima de insegurança mundial.
Porém, nesta minha primeira postagem, resolvi tratar de Segurança Doméstica e os cuidados com crianças e idosos, um tema “silencioso”, mas bastante preocupante, o convívio com idosos e crianças deve ser sempre cercado de cuidados redobrados pois ambos, por razões naturais, estão constantemente expostos aos riscos dentro de casa.
Dados do Ministério da Saúde revelam que acidentes domésticos como afogamentos, quedas, queimaduras e intoxicações ainda são a principal causa de morte de crianças de até 9 anos no Brasil, uma média de mais de 5 mil mortes infantis e 110 mil hospitalizações, e que as principais causas de mortes foram os riscos acidentais à respiração como, por exemplo, sufocação na cama, asfixia com alimentos e outros, seguidos pelos afogamentos e exposição à fumaça, ao fogo e às chamas. A recomendação do Ministério da Saúde, em casos de queimadura, é procurar uma unidade básica de saúde mais próxima para receber a orientação adequada de profissionais.
Com relação aos idosos, índices do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que um terço dos atendimentos por lesões traumáticas são com pessoas com mais de 60 anos, sendo que 75% desses acidentes aconteceram no ambiente doméstico, com fraturas em 34%, devemos considerar ainda o agravamento do risco e da reabilitação em consequência dos casos de diabetes, cardiopatias, limitações físicas típicas da idade e ainda por movimentação das vítimas quando socorridas sem o auxílio de profissionais.
É evidente a necessidade de mudança de comportamentos daqueles mais próximos para prevenir esses problemas, exigindo um olhar mais preventivo quanto ao posicionamento de móveis, manuseio de utensílios e a prática das atividades diárias. Importante também monitorar os ambientes através de circuito fechado de televisão e fazer uso de ferramentas como sensores de movimento e de incêndio, botão de pânico e redes de proteção.
bulgarinpol@globo.com
bugarinpol@bbdn.com.br
luiz.bugarin@yahoo.com.br
luizbugarin@facebook.com