O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta quinta-feira (10) que esteja liderando manobras para retardar o processo dele no Conselho de Ética. O peemedebista afirmou que não se pode “confundir” direito de defesa com “retardamento” das investigações.
Nesta quarta (9), o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que é aliado de Cunha, determinou a substituição do relator do processo, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que havia apresentado parecer pela continuidade das apurações.
Com a decisão, o processo por quebra de decoro teve que voltar à estaca zero. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) foi escolhido relator, após sorteio de três nomes. Ele fará um novo parecer sobre o caso, que será apresentado na próxima terça (15).
“Apenas pontualmente digo o seguinte, a questão de ordem colocada sobre a irregularidade da designação do relator não foi colocada ontem. Se fosse interesse manobrar teria deixado para fevereiro e teria o mesmo efeito. Não pode confundir meu legitimo direito de defesa dentro da legalidade com achar que está se dando retardamento. Achar que não vou exercer meu legítimo direito de defesa é querer não fazer julgamento e sim justiçamento”, disse Eduardo Cunha.
Em outubro, deputados do PSOL e da Rede acionaram o conselho para apurar se Cunha quebrou o decoro parlamentar por supostamente mentir à CPI da Petrobras quando disse que não tem contas na Suíça.
Suspeito de envolvimento no esquema de corrupção que atuou na Petrobras e investigado na Operação Lava Jato, Eduardo Cunha disse posteriormente em entrevista ao G1 e à TV Globo que tem “usufruto” de contas no país europeu.
Por G1