Salários atrasados, péssimas condições de trabalho e falta de material são os principais motivos de uma uma mobilização na manhã desta segunda-feira (7) na frente do Hospital do Açúcar para chamar a atenção da sociedade e autoridades políticas.
O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Laboratório, José Severino, informou que diversas reuniões ao longo dos anos foram realizadas com a direção, mas nada mudou. “Uma das alternativas que eles encontraram foi dividir o pagamento da folha em blocos de acordo com as faixas salariais, mas nem isso estão cumprindo”, disse. El informou que os salários correspondentes ao mês de outubro foram pagos no último dia 2.
As denúncias ainda são mais graves, de acordo com o líder sindical, a primeira parcela do 13° não foi paga e não há previsão para tal depósito. Além disso, funcionários que precisaram retirar seu fundo de garantia chegaram no banco e viram suas contas zeradas. “Eles não estão depositando os devidos valores da Previdência Social”, alertou José Severino.
A insatisfação está em todos os níveis, desde o elementar ao superior. A nutricionista Cinthia Raposo contou a realidade vivida no hospital. “Estão faltando materiais básicos para se trabalhar. Chegamos ao ponto de não ter água e a desculpa era um vazamento na tubulação. Mas sabíamos que o fornecimento havia sido cortado por falta de pagamento”.
O Hospital do Açúcar tem 80% do seu financiamento oriundo do Sistema Único de Saúde (SUS) e alegam aos funcionários que os repasses não estão sendo feitos. “Esta é outra mentira. Entramos em contato com a Secretaria de Estado da Saúde e constatamos que o dinheiro está sendo pago”, reforçou a nutricionista.
Documentos foram entregues ao Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo uma auditoria no hospital afim de encontrar irregularidades na administração.
Os trabalhadores confirmam que após a manifestação poderão iniciar um período de greve por tempo indeterminado.
Marcos Filipe Sousa