A polícia italiana deflagrou nesta terça-feira (1) uma operação contra cidadãos de Kosovo suspeitos de apologia ao terrorismo e ódio racial. Estão sendo executados mandados de prisão em várias cidades italianas e em Kosovo, com apoio das autoridades locais. Ao menos quatro pessoas foram presas.
O inquérito que levou à operação foi conduzida pela Direção Central da Polícia de Prevenção, a célula antiterrorista da Itália, e por dois núcleos da Divisão de Investigação Geral e Operações Especiais (Digos) de Brescia. Os agentes identificaram contatos de uma suposta organização terrorista que, através de sites e redes sociais, propagava a ideologia jihadista.
De acordo com os investigadores, o grupo já teria publicado fotos com armas em punho e os quatro detidos foram reconhecidos como extremistas declaradamente militantes do Estado Islâmico.
Os suspeitos de terrorismo presos na Itália haviam publicado ameaças contra o papa Francisco na internet, de acordo com as forças de segurança locais. “Lembrem-se que não haverá outro papa depois deste. Será o último”, é uma das mensagens difundidas pelo grupo detido.
Desde os atentados de 13 de novembro, em Paris, que deixaram 130 mortos, a Itália reforçou toda sua segurança, principalmente em Roma e no Vaticano. O país foi alvo de ameaças do Estado Islâmico, além de receber notificações sobre pacotes-bombas.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse na semana passada que o mundo “está diante de um inimigo perigoso, o qual ninguém pode subestimar”. Neste sentido, o ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, apresentou medidas para monitorar todas as formas de comunicação oferecidas pelas novas tecnologias, inclusive o console da marca PlayStation. Assim como as redes sociais, o videogame estaria sendo usado por terroristas para transmissão de mensagens.
Em 12 de novembro, um dia antes da série de atentados em Paris, a Itália e várias nações europeias prenderam mais de 17 pessoas em uma megaoperação contra o terrorismo.
Ansa