Após 26 anos acontece nesta quarta-feira (02), o julgamento do o ex-policial militar, Manoel Bernardo de Lima Filho, acusado de assassinar José Cardoso de Albuquerque, pai do forrozeiro Geraldo Cardoso.
O júri acontece em Palmeira dos Índios e será presidido pela juíza Luana Freitas, tendo na acusação o promotor Fábio Vasconcelos e o advogado Thiago Pinheiro, que atuará como assistente de acusação.
De acordo com informações do processo, o delegado Ricardo Lessa e sua equipe, foram a Palmeira dos Índios, supostamente, a mando do ex- secretário de Segurança Pública Rubens Quintela, com vasta lista de “encomendas”, para executar José Cardoso.
O homicídio aconteceu em 1989, no interior da loja Bilá Auto Peças no centro de Palmeira dos Índios. José Cardoso foi assassinado com vários disparos de metralhadora M 16 e revolver 38. O assassinato do pecuarista teve grande repercussão no Estado e à época causou temor na população de Palmeira dos Índios, pela forma cruel com que foi praticado.
Os autores intelectuais do crime, revelados após a prisão do autor Manoel Bernardo em 2008, e confirmado em depoimento de um colega de sela do réu, seriam o então chefe político e ex-prefeito de Quebrangulo, Frederico Maia Filho, conhecido como “Mainha” e sua esposa Cleusa, ambos já falecidos.
“Sinto-me fortalecido e esperançoso por saber que finalmente ocorrerá o júri popular. Após 26 anos cheguei a desacreditar da Justiça, tive que sair da minha terra natal após a morte de meu querido pai, com meus nove irmãos, a maioria menores de idade. Interrompi minha carreira artística em razão das investidas dos quadrilheiros,que, usando do poder do Estado, desejavam a todo custo me silenciar, para que eu não buscasse justiça”, desabafa Geraldo Cardoso.
Lima Filho será o único a sentar no banco dos réus em virtude do falecimento dos outros autores, a exemplo do delegado Ricardo Lessa e Antenor Carlota, além da impronúncia de outros.
Redação com Estadão Alagoas