O Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos está coletando amostras de DNA de parentes de pessoas desaparecidas na época da ditadura militar. Entre as coletas estão a de familiares do alagoano Luiz Almeida Araújo, desaparecido em junho de 1973.
Luiz Almeida Araújo nasceu em Anadia e desapareceu na capital de São Paulo. Militante da ALN, é um dos casos investigados pela Comissão da Verdade, que apura mortes e desaparecimentos na ditadura militar brasileira.
A militante dos direitos humanos Amparo Araújo, de 65 anos, é irmã de Luiz. Sua história é marcada pela perda de amigos e parentes durante a ditadura. Além do irmão, Amparo perdeu três companheiros no período.
“A partir do momento que esse banco esteja surgindo aumenta a minha esperança de poder enterrar meu irmão”. Além de Amparo, a equipe do Ministério dos Direitos Humanos fará a coleta do sangue de sua mãe, Maria José de Araújo, de 89 anos, em Maceió, e de seu irmão Pedro, no Recife. Luiz Almeida era da Ação Libertadora Nacional (ALN) e desapareceu em São Paulo numa ação até hoje não esclarecida.
“É um banco de DNA que já existia mas está sendo refeito por causa das ossadas de Perus (distrito localizado na zona noroeste de São Paulo). Estamos renovando esse banco e coletando novas amostras não apenas de parentes diretos, mas daqueles que são da segunda geração das famílias”, contou Ivan Seixas, coordenador do ministério.
Redação com agências