A Justiça autorizou a ida de Suzane Von Richthofen para o regime semiaberto. A decisão foi aceita pela 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (22). Suzane cumpre pena de 39 anos de prisão pela morte dos pais, ocorrida em 2002.
De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), o recurso pedia anulação de decisão da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, de agosto de 2014, que havia revogado o regime semiaberto a pedido da própria Suzane. A defesa alegou que ela se manifestou sem assistência jurídica técnica.
A defesa também buscava efeitos retroativos para a progressão. No entanto, a turma julgadora negou o pedido.
A decisão ainda recomenda ao juízo de origem que analise a possibilidade da permanência de Suzane na unidade prisional em que se encontra — Unidade Feminina I de Tremembé —, caso já tenha sido instalado o regime semiaberto.
Crime
Suzane foi sentenciada em 2006 pela morte dos pais. Manfred e Marísia von Richthofen dormiam quando ela, Daniel — então namorado dela — e Cristian Cravinhos entraram na garagem da mansão no carro da jovem. A polícia conta que ela foi até o quarto dos pais para conferir se estavam dormindo. Na sequência, Daniel e o irmão dele entraram em ação. Daniel se aproximou de Manfred. Cristian, de Marísia. O casal foi golpeado várias vezes na cabeça com barras de ferro. Os irmãos Cravinhos ainda usaram toalhas molhadas e sacos plásticos para sufocar os pais de Suzane.
Enquanto os pais eram mortos, Suzane esperou no andar de baixo da casa. Ela revirou o escritório para simular um assalto. Antes de ir embora, o trio embolsou US$ 5.000 e R$ 8.000 guardados por Manfred. Depois da morte dos pais, Suzane e Daniel foram a um motel. Às 3h, ela deixou o namorado em casa e foi buscar o irmão em uma LAN house. Ela e o irmão caçula voltaram à mansão. Ao encontrarem os pais mortos, Suzane chamou a polícia.
Na madrugada de 22 de julho de 2006, o Tribunal do Júri condenou Suzane von Richthofen e os irmãos Cravinhos à prisão pelo assassinato de Manfred e Marísia. O trio foi sentenciado por duplo homicídio triplamente qualificado.
Por R7