Na última quinta-feira, o Palmeiras renovou com a Adidas, sua fornecedora de material esportivo há 10 anos, até o final de 2016. Isso, somado ao dinheiro do patrocínio master da Crefisa e de outros patrocinadores, como a FAM, fazem a equipe alviverde já sair na frente dos rivais do eixo Rio-São Paulo na questão financeira.
Enquanto boa parte dos times paulistas e cariocas ainda busca fontes de renda para 2016, o clube do Palestra Itália já garantiu a grana para a próxima temporada.
Só em patrocínios, o Palmeiras já tem assegurados R$ 19 milhões da Adidase mais R$ 23 milhões da Crefisa para o ano que vem, o que dá R$ 42 milhões. A patrocinadora master, além de investir diretamente na contratação de jogadores, como o atacante Lucas Barrios (que tem os salários bancados pela operadora de crédito), ainda está ajudando a reformar o CT e a finalizar prédios inacabados do Allianz Parque.
A situação contrasta bastante com a de vários rivais, que vêm sofrendo com a crise econômica no Brasil para fechar parcerias vantajosas, tanto com patrocinadores quanto com fornecedores de material esportivo.
O Flamengo, por exemplo, tem contratos de patrocínio apenas até o final deste ano, e ainda está negociando para o ano que vem. Contudo, nada ainda foi acertado.
“A gente está em um momento complicado para todos os setores. Ninguém é cego de ver o que está acontecendo”, disse o vice de marketing do clube rubro-negro, José Rodrigo Sabino, ao ESPN.com.br.
Depois, o dirigente amenizou.
“Agora, o que o Flamengo criou nesse período, se estiver ruim para alguém, vai ser menos ruim para o Flamengo. O clube está organizado, com uma estrutura executiva e super profissional. Nosso patrocinadores mostram satisfação com retorno, nível de atendimento, exposição. Compara-se com outros e dá exposição 10 a 15 vezes maior do que outro clube de nível intermediário. Acho que o que pagam o Flamengo é abaixo do que deveriam pagar, pelo nível de exposição”, completou.
Em dezembro, chegarão ao fim os acordos com a Caixa Econômica Federal (R$ 16 milhões), Viton 44 (R$ 20 milhões) e Jeep (R$ 4,5 milhões). Em março de 2016, termina o da Tim (R$ 2,5 milhões). São R$ 43 milhões que entraram no caixa do clube em 2015 e que, por enquanto, não têm garantia de permanência no próximo ano.
Dono da Viton 44, o empresário Neville Proa, aliás, já admitiu ser difícil manter o nível de investimento em 2016 diante da crise econômica que assola o país.
Por Espn.com.br