A reintegração de posse no terreno da ocupação Morada do Sol, onde viviam 4,5 mil pessoas, começou na manhã desta segunda-feira (5). Cerca de 800 famílias moravam no local, no extremo sul da capital paulista, havia 2 anos e 3 meses. A maioria das casas é de alvenaria, por isso, a ação de remoção das retroescavadeiras deve durar até o fim do dia.
A reintegração de posse no terreno da ocupação Morada do Sol, onde viviam 4,5 mil pessoas, começou na manhã desta segunda-feira (5). Cerca de 800 famílias moravam no local, no extremo sul da capital paulista, havia 2 anos e 3 meses. A maioria das casas é de alvenaria, por isso, a ação de remoção das retroescavadeiras deve durar até o fim do dia.
Os feridos, segundo o tenente-coronel, foram atingidos por pedras atiradas pelos moradores. Celso confirma a demolição antecipada no terreno. “Só foram demolidas algumas paredes. Na acepção jurídica, casa é qualquer compartimento habitável. Então, nenhum compartimento habitável foi demolido. Foi uma ação incipiente, porque tinha máquina, e o engenheiro aproveitou”, disse.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a ação de terça-feira foi uma manifestação de aproximadamente 120 pessoas contra a reintegração de posse. “Os manifestantes interditaram vias e colocaram fogo em pneus, entulho e em um galpão vazio. Policiais Militares foram acionados e realizaram ações de controle de distúrbios civis para que fosse possível combater o fogo e liberar as vias.”
Famílias sem moradia
Entre as poucas famílias que ainda tentavam retirar móveis e pertences nesta manhã estava a de Helio Robson Santana, taxista, de 31 anos. Ele estava na ocupação há 2 anos, e vivia com as duas filhas, uma de 3 anos e outra de 6 anos, e a esposa. Ele havia investido R$ 60 mil, que juntou durante dez anos para construir a casa. “Vou voltar para o aluguel, não temos outro lugar pra ir. Um aluguel pra uma família igual a minha é no mínimo R$ 800. Uma casa sem garagem. Fica ruim, vou trabalhar só para pagar aluguel.”
Juliana Maria da Silva, 27 anos, não tem emprego fixo e precisa sustentar a filha de 2 anos. “Agora eu estou atrás de um cômodo emprestado para colocar as coisas, não tenho condições de pagar um aluguel. Eu estava há 8 meses aqui, era bom morar aqui. Ter meu cantinho. Qual é a mãe de família que quer ver a casa ser derrubada?”
Por Terra