A taxa de aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff subiu para 10%, segundo a pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira, em meio às turbulências econômicas e políticas que o país atravessa. Segundo os dados, 21% acham “regular” e 69% o definem como “ruim ou péssimo”.
A aprovação de Rousseff subiu um ponto comparado com outra pesquisa do Ibope divulgada em julho, variação que está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. O resultado da pesquisa realizada por Ibope coincide com outras realizadas nos últimos três meses, que indicam taxas de aprovação entre 7,7% e 10%.
Segundo a pesquisa, 82% desaprovam e 14% aprovam a maneira de a presidente governar. Na pesquisa anterior, referente a junho, esses percentuais estavam em 83% e 15%, respectivamente. De acordo com a pesquisa, 77% dos brasileiros não confiam na presidente, enquanto 20% confiam. Em março, esses índices estavam em 78% e 20%, respectivamente.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de setembro com 2.002 eleitores de 140 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é dois pontos percentuais e, segundo a CNI, o grau de confiança da pesquisa é 95%.
Economia
Durante o período de realização da pesquisa, o dólar bateu recordes e passou de R$ 4 pela primeira vez.
O governo apresentou um plano de ajuste fiscal, que inclui medidas impopulares como a alta de impostos e o corte de gastos públicos. Estas medidas foram um dos principais fatores que desgastaram a popularidade de Rousseff, segundo a pesquisa.
O Ibope indicou que 90% dos entrevistados desaprovam as políticas de impostos e o 89% estão insatisfeitos com a elevação das taxas de juros, que subiram para os atuais 14,25%.
A economia do país está em recessão técnica, após ter acumulado dois trimestres consecutivos de crescimento negativo entre janeiro e junho.
O governo calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) cairá este ano 2,44%, e analistas do mercado financeiro preevem – 2,8%.