O debate sobre se as máquinas vão dispensar a força de trabalho humana já não está mais restrito aos filmes de ficção científica. A consultoria Boston Consulting Group prevê que, em 2025, até um quarto dos empregos seja substituído por softwares ou robôs, enquanto que um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, aponta que 35% dos actuais empregos no país correm o risco de serem automatizados nas próximas duas décadas. Mas há outras profissões que estão sob ameaça? Confira abaixo alguma delas: Taxistas Taxistas ao redor do mundo têm travado uma batalha com a aplicação Uber. Mas tanto o Uber quanto fabricantes de veículos e até mesmo o Google já estão a procurar criar um serviço que dispense a presença do condutor. No final deste ano, módulos de táxi automatizados vão começar a operar nas ruas da cidade de Milton Keynes, em Inglaterra, oferecendo corridas pela cidade. O governo britânico está a actualizar a sinalética para viabilizar o funcionamento dos carros autónomos. Operários de fábrica Na China, humanos estão a construir robôs que eventualmente os substituirão. A primeira fábrica apenas operada por robôs está a ser construída na cidade de Dongguan, famoso polo operário da China. A fábrica, controlada pela Sehnzhen Evenwin Precision Technology, procura reduzir a força de trabalho dos actuais 1,8 mil funcionários em 90%, segundo Chen Zingui, presidente do Conselho de Administração da companhia. Jornalistas Cada vez mais companhias oferecem softwares capazes de recolher dados e transformá-los em textos minimamente compreensíveis. Isso significa que, num futuro próximo, as reportagens deixarão de ser escritas por jornalistas. Kristian Hammond, chefe-cientista da Narrative Science, uma plataforma que gera conteúdos narrativos automatizados, estima que, em 15 anos, 90% das notícias serão escritas por máquinas. Ele diz, contudo, que isso não significa que 90% dos jornalistas vão perder o seu trabalho. Médicos Robôs podem não ser os melhores acompanhantes, mas certamente são capazes de analisar dados para descobrir possíveis tratamentos para doenças. O Watson, um supercomputador da IBM, está a actuar em conjunto com dezenas de hospitais nos EUA para oferecer recomendações sobre os melhores tratamentos para diversos tipos de cancro. E a partir do software desenvolvido pela companhia, também está a ajudar a detectar cancro da pele em estágio inicial. Barman O cruzeiro de luxo Anthem of the Seas lançou recentemente uma ideia pioneira: um bar automatizado a partir da Shakr Makr, uma máquina desenvolvida pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos) há alguns anos. As bebidas podem ser pedidas através de um tablet e os utilizadores não estão limitados ao menu que recebem à mesa – podem, inclusive, criar o seu próprio cocktail.
Fonte – www.24horasnews.com.br – Diário Digital