Apesar das críticas contra a possível indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para assumir a chefia da embaixada do Brasil nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “se Deus quiser” seu filho será embaixador “na maior potência do mundo”.
Ele justificou dizendo que o filho teve que trabalhar no Estados Unidos para poder se aperfeiçoar, pois como pai não podia bancar os estudos de Eduardo no exterior.
“Vejo que, daquela garotada do condomínio, temos um presidente do BNDES. Temos um Senador da República [Flávio Bolsonaro], que, por ser meu filho, tem seus problemas potencializados. E teremos, se Deus quiser, um embaixador na maior potência do mundo. Até porque um pai, mesmo sendo deputado na época, não tinha como bancar o aperfeiçoamento dele nos Estados Unidos e ele [Eduardo] tinha que trabalhar”, justificou.
O ato é considerado imoral pela sociedade, pois ao beneficiar o filho ele estaria desconsiderando seus próprios critérios, como a “meritocracia”, palavra repetida por diversas vezes pelo presidente da República. Uma das questões levantadas é justamente a falta de qualificação do deputado para o cargo.
Ainda assim, Jair Bolsonaro afirma que o fato de Eduardo sempre ter tido o interesse de morar nos Estados Unidos, ficando no Brasil apenas para atender o seu pedido, seria uma das razões para a indicação. Ele afirma ainda que Eduardo tem “bagagem cultural” para ir ao país representar o Brasil.
“Meu filho só ficou no Brasil – já era para estar nos Estados Unidos há muito tempo – por um apelo meu lá atrás. Passou no concurso da Polícia Federal e decidiu ficar aqui. Agora está tendo uma chance de voltar, não por ele, mas dado o que temos com o presidente americano e dada a sua bagagem cultural que tem lá de trás”, alegou o presidente.
fonte: GospelPrime