Obviamente que se você faltar com a verdade, muitos criticarão você e sua voz será silenciada no espaço público. No entanto, se você constata um fato que é perceptível a muitos outros, então é o objeto de sua crítica que vai ter de aguentar o tranco.
Esse canal no YouTube começou bem. Quem se lembra daquele vídeo da “Judite”? Uma grande sátira denunciando a forma hostil que algumas empresas de telefonia tratam o consumidor. Agora, de uns anos para cá, vemos alguns “especiais de Natal” e outra penca de vídeos onde claramente o objetivo é debochar da fé alheia.
Já escrevi recentemente sobre eles e teve muita gente me procurando para dizer que o Porta dos Fundos é equânime na ridicularização das crenças existentes. Alguns de religião de matriz africana enviaram ao meu perfil da rede social links de vídeos (cinco, para ser mais preciso) com o grupo debochando da fé deles. Nem me dei o trabalho de levantar a quantidade de vídeos que o canal já publicou debochando da fé cristã para avaliarmos se há equanimidade.
Simplesmente provam, a cada vídeo, a ojeriza que possuem com a pessoa de Cristo e seus discípulos.
A questão maior é que Cristo não é atingido por esse deboche. Nem eu sou. Agora, o fato de não me afetar em nada na minha sensibilidade não significa que não posso expor a incoerência deles.
Deixa-me explicar melhor.
Gregório Duvivier, o bobo da corte do Lula, é um dos diretores e talvez o principal ator do canal. Ele e o Fábio Porchat – aquele que disse recentemente que “acreditar na Bíblia é maluquice”, mas que foi igual um gatinho minguado ganhar dinheiro no canal do bispo que acredita na Bíblia – além de defender pautas progressistas na mídia e na internet, são figuras que acham que têm moral para falar dos “vendilhões do templo modernos”, que fazem da fé um grande negócio e enriquecem às custas da fé alheia.
Mas não seria exatamente isso que o Duvivier faz quando publica tantos vídeos tentando debochar ou ridicularizar a fé e a experiência cristãs? Não estaria ele buscando enriquecer às custas da fé alheia? Ou tais vídeos não são monetizados?
O que quero dizer é que o pseudo humorista critica os líderes evangélicos daquilo que ele mesmo faz. Típica postura de um fariseu moderno. Se você ganha dinheiro usando a história de Cristo, que moral tem para falar mal de quem possa estar fazendo o mesmo?
O pastor que usa o nome de Deus para ficar rico vai pagar [e feio] por isso. O que faz o socialista de Iphone pensar que não será diferente com ele?
Alguém poderia me retrucar dizendo que ele não crê em Deus – o que eu concordo, pois sua ignorância bíblica fica evidente a cada vídeo. Nesse do Judas dando um beijo gay em Jesus mostra o episódio da traição misturado com o episódio da Santa Ceia. Só um ignorante e despreparado teologicamente para tentar narrar uma história (que é comprovadamente real) de uma maneira tão patética e tola.
Ele pode não crer em Deus, nem manusear direito a Bíblia. Porém, não pode fugir da crítica, pois isto faz parte do seu trabalho.
O vídeo é sem graça. A piada é velha. A tentativa de provocar os cristãos é tosca e a relevância deste canal vai se tornando nula a cada dia que passa.
Acho ruim quando o artista fica tentando reproduzir a realidade dessa forma. Ele reproduziu a própria opressão espiritual no vídeo zombando da Universal, e agora reproduziu sua condição de Judas com desejos homossexuais reprimidos.
Não é para rir de um grupo desses porque eles simplesmente não têm graça. É para se lamentar que eles ainda gastem tempo tentando fazer o público rir. O máximo que conseguem é entreter e tirar falsas gargalhadas de alguns crentes frustrados ou secularizados e de alguns ateus de internet.
Quando o seu humor é ferramenta de ódio e orgulho, o seu humor torna-se tão necessário quanto um copo cheio de vento.
fonte: GospelPrime