Moradores dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (25), na Praça do Centenário, no bairro do Farol. Eles querem chamar a atenção da sociedade e do poder público para os problemas causados por rachaduras na região.
O protesto iniciou por volta de 8h. Os manifestantes utilizavam faixas com palavras de ordem, empunhavam bandeiras brancas e realizaram um apitaço.
Eles ocuparam o trecho da Avenida Fernandes Lima que passa em frente a praça, no sentido Centro. Dali, seguiram em caminhada para a sede do Tribunal de Justiça de Alagoas, na Praça Deodoro, para entregar um abaixo-assinado que reuniu 2.500 assinaturas.
Utilizando um carro de som, representantes dos moradores discursavam e cobravam soluções. Representantes de associações e sindicatos também participaram, em apoio à população.
Além de moradores, empresários da região também participaram do ato. Uma delas, Diana Rey, falou dos prejuízos que sofreu.
“Eu investi R$100 mil em um salão de festas e perdi tudo. Todos os meus contratos de março foram cancelados. E ninguém dá uma solução”, diz Diana.
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) também esteve presente. Representantes da categoria exibiam uma faixa em apoio à população que mora naqueles bairros.
“Mais de 70 policiais moram no Pinheiro. Tem 4 delegacias nessa região de Pinheiro, Mutange e Bebedouro [Cebtral de Flagrantes, 4 Distrito e a Dnart]. Eles mandam os moradores sair das suas casas, mas as delegacias estão aqui. Um risco para os policiais que trabalham e dão seu sangue para a sociedade”, diz o presidente do Sindpol, Ricardo Nazario.
O diretor da associação de moradores, Antônio Sabino, explica que, a depender do resultado do laudo, eles irão ingressar com uma ação na Justiça.
“Estamos no aguardo desse laudo da CPRM [que será divulgado no dia 30 de abril]. E já sabemos que vai ser um laudo político, porque pelo tempo já era pra ter uma conclusão. Se o laudo for político, nós vamos entrar com uma ação Federal”, diz o diretor da da associação de moradores, Antônio Sabino.
A Polícia Militar por meio do Gerenciamento de Crises acompanha a manifestação. “Estamos aqui para garantir a integridade dos participantes. O protesto segue tranquilo, sem nenhuma intercorrência. Vamos acompanhar até o final”, afirma o major Sandro Roberto.
Moradores de conjuntos da região exibiam faixas para relatar a situação em que se encontram — Foto: Michelle Farias/G1
fonte: G1