A jovem Mylca Siméia da Conceição, 18, foi torturada antes de morrer, segundo informou a Polícia Civil nesta sexta-feira (15). O corpo dela foi encontrado decapitado no mês de janeiro deste ano em Rio Largo, região Metropolitana de Maceió. Os suspeitos do crime foram indiciados por homicídio.
Foram 4 homens presos e dois adolescentes, de 17 e 15 anos, apreendidos. Os adultos se chamam:
- Walber Rodrigo da Silva, de 23 anos;
- Cleiton Júnior Bezerra da Silva, de 18 anos;
- Samuel Lopes da Silva, de 20 anos;
- José Edvaldo Miguel Cavalcante, de 23 anos.
Há também um outro suspeito no crime, Clebson Gomes Barreto da Silva, de 21 anos, mas ele continua foragido.
Segundo o delegado Lucimério Campos, antes de morrer Mylca foi convidada a usar drogas pelos suspeitos. Porém, o convite era uma emboscada. Eles participavam da mesma facção criminosa que ela.
“Quando chegaram em um ponto [da cidade], ela foi puxada pelo cabelo, inclusive escalpelada em algumas partes da cabeça. Depois, foi esfaqueada pelos suspeitos maiores de idade. Quando chegou em um outro ponto, continuou sendo esfaqueada até a morte. Então, os dois adolescentes decapitaram ela, abriram o corpo e arrancaram o coração”, falou o delegado.
De acordo com as investigações policiais, a jovem foi brutalmente assassinada porque tinha dívidas de venda de drogas e teve um atrito com um dos integrantes do grupo, o Walber Silva.
“Ela foi morta porque tinha pendências com a organização criminosa que ela fazia parte. Ela estava devendo dinheiro de venda de drogas. Na linguagem da facção, ela estava ‘vacilando’. Ela também se desentendeu com um deles, o Walber, porque tinha vendido cocaína para ele, mas quando ele chegou em casa, viu que a quantidade que veio era menor do que a que tinha comprado”, disse Campos.
O inquérito dos adolescentes foi concluído na quinta (15). Como são menores de idade, vão responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio. A audiência de custódia deles está marcada para a próxima segunda (18), no Fórum de Rio Largo.
fonte: G1