O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, voltou a se reunir, nesta segunda-feira (11), com representantes de movimentos sociais que lutam pela reforma agrária. Na última sexta-feira (8), foi realizado um encontro que tratou sobre o cumprimento de um acordo que destina parte das terras da Usina Guaxuma, do falido Grupo João Lyra, para a reforma agrária.
“Qualquer solução tanto para Laginha quanto para Guaxuma, que são os dois maiores patrimônios da massa falida do grupo João Lyra envolve necessariamente os movimentos sociais. Essa conversa de hoje foi para justamente avançar no caminho dessas soluções, tentando encontrar alternativas que viabilizem os dois projetos”, explicou o desembargador Tutmés Airan.
Para o presidente do TJAL, o intuito é evitar que essa falência seja feita de forma tradicional, com a mera venda de aditivos para pagar as dívidas. “A ideia é, para que esse patrimônio possa elevar de preço, botar isso tudo para produzir, gerar emprego, renda, imposto. Então é uma ideia difícil de costurar, que passa necessariamente pelos movimentos sociais, de modo que a conversa foi tentando encontrar um caminho que nos leve a esse objetivo”, disse o desembargador.
Os representantes ficaram de discutir possíveis soluções entre eles para então apresentar ao Estado e a massa falida. Tacísio Barbosa, do Movimento Terra Livre, classificou o novo encontro como proveitoso e disse que a desapropriação traria benefícios econômicos para a região.
“A discussão de hoje foi justamente para a questão da usina Laginha diante da dificuldade da região, economicamente com a falência isso trouxe um impacto muito grande para o município de União dos Palmares e a gente pode voltar a gerar renda dentro para o município e a região”, explicou Tarcísio Barbosa.
fonte: Correio dos Municipios /Robertta Farias – Dicom TJAL