O pastor neozelandês Logan Robertson mudou-se para Brisbaine, na Austrália, para plantar uma igreja. Decidido a fazer um documentário que iria “expor Maomé como pedófilo” e mostrar que o islamismo é uma “falsa religião”, visitou duas mesquitas da cidade.
Seu debate, muitas vezes em alto tom, com os líderes das mesquitas, citava trechos do Alcorão e o fato de o profeta do Islã ter casado com Aisha quando ela era uma menina de apenas 9 anos de idade. Após denúncia dos muçulmanos, que se dizem vítimas de islamofobia, Robertson acabou detido e a polícia fez busca e apreensão em sua residência.
Apesar de ter publicado parte do material filmado nas redes sociais – onde fica evidente que os imãs não querem falar sobre os temas ‘delicados’ da biografia de Maomé nem sobre os trechos do Alcorão que pedem a morte dos infiéis – a campanha pela deportação do pastor foi engrossada pela mídia local. Ele foi chamado de “terrorista” e “fundamentalista”, enquanto afirmam que os membros das mesquitas querem paz. Grande parte da mídia local engrossou o coro contra o líder cristão.
Desde a noite desta sexta-feira (6) ele está preso e deverá ser deportado para a Nova Zelândia. O ministro da Imigração, Peter Dutton, justifica: “Temos uma tradição maravilhosa em nosso país de liberdade de expressão, mas não vamos tolerar pessoas indo a um local de adoração e assediar outras pessoas.”
O argumento principal é que o pastor “invadiu” o espaço das mesquitas de Kuraby e a de Darra, acompanhado de dois membros da igreja. Como foi acusado de invasão e agressão, ele teve seu visto revogado.
Líder de uma comunidade batista independente, Logan Robertson tem várias pregações suas disponíveis nas redes sociais, onde fala abertamente contra o islamismo e denuncia a homossexualidade como “abominação”.
No material divulgado por ele antes da prisão, fica evidente que a “agressão” fica por conta de sua declaração que os muçulmanos precisam aceitar de Jesus se quiserem ir para o céu, pois seguem uma “falsa religião” e que Maomé é um “falso profeta”.
O porta-voz do Conselho Islâmico de Queensland, Ali Kadri, expressou preocupação sobre esse tipo de “incidente” nas mesquitas. Segundo o conselho, “leis mais fortes contra o discurso do ódio são necessárias para proteger melhor os fiéis”. Uma petição nesse sentido foi encaminhada à governadora do Estado de Queensland, Annastacia Palaszczuk. Com informações de Brisbaine Times