O governo da Coreia do Sul informou, nesta quarta-feira (11), que o tema dos direitos humanos não será tratado na cúpula com Pyongyang (a capital norte-coreana), que será realizada no fim do mês. A agenda dessa reunião será a desnuclearização do Norte.
Seul descartou que a situação dos direitos humanos no país vizinho seja discutida entre o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, indo contra a reivindicação feita ontem por mais de 40 organizações não governamentais (ONGs) de todo o mundo, entre elas a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.
O governo sul-coreano considera que a desnuclearização é “o assunto mais urgente” a ser tratado na cúpula, disse um alto funcionário do gabinete presidencial, em entrevista à agência local Yonhap.
A mesma fonte afirmou que a questão dos direitos humanos também é considerada “importante” por Seul, embora o país tenha decidido dar prioridade à desnuclearização e ao estabelecimento da paz na Península Coreana.
Em carta enviada a Moon na véspera, ONGs internacionais exigiram que as conversas do próximo dia 27 conduzam a uma melhoria na “terrível situação dos direitos humanos no país”.
A Casa Branca considera que a questão dos direitos humanos deve ser discutida em outra cúpula, prevista para o final de maio, entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Kim Jong-un.