Embora o Flamengo realmente seja o clube que mais fatura com direitos de transmissão, não há um domínio verdadeiro do clube carioca sobre seus rivais neste quesito, uma vez que a diferença dos direitos de TV do Rubro-Negro para os rivais considerados de menor expressão é de apenas 4 pontos percentuais.
Em contrapartida, o faturamento que o Flamengo possui com patrocínios é muito superior à média dos demais clubes, com exceção a Palmeiras e Corinthians, outras duas agremiações com forte poder de atrair empresas. Embora o trio tenha abocanhado a maior parte das receitas de patrocínio, o mercado publicitário futebolístico ainda precisa evoluir, já que apenas 0,43% de todo o recurso de publicidade no Brasil se concentra nos clubes.
Na relação publicidade x torcedor, quem leva vantagem é o Palmeiras. O clube recebe um valor por torcedor de R$9,08, enquanto Corinthians e Flamengo recebem R$ 2,62 e R$2,04, respectivamente, números muito aquém da expectativa para ambos levando em conta que são os clubes de maior torcida do país.
A bilheteria é outro fator que ajuda Flamengo e Palmeiras a se distanciarem dos rivais. Ao contrário do Corinthians, que tem um estádio drenando recursos do clube, o Verdão lucra, e muito, com a nova arena, principalmente usando o programa de sócio torcedor Avanti. Com um time competitivo e uma casa com capacidade bem mais limitada que um estádio mais antigo, o clube alviverde acaba incentivando seus seguidores a pagarem uma mensalidade para terem acesso às partidas.
Mas nem só de lucro vivem os clubes. Aproveitando a grande arrecadação recente, Palmeiras e Flamengo também têm tido grandes gastos nos últimos anos. O atual campeão brasileiro se tornou o segundo clube brasileiro que mais investe em categorias de base, atrás apenas do São Paulo, líder no segmento. Já o Flamengo, focado em sanar suas dívidas e refazer seu nome no mercado, dedica parte de suas receitas para fechar o ano no positivo. Dos principais clubes do Brasil, além do Rubro-Negro, apenas Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Goiás e Vitória também apresentaram um fluxo de caixa livre positivo em 2016.
Gazeta Esportiva